sexta-feira, 4 de maio de 2012

PMF embarga obra na Fazendinha do Córrego Grande

A Prefeitura da Capital embargou, na tarde desta quarta-feira (2), obra da Construtora Álamo no terreno da Fazendinha, no Córrego Grande. A empresa tem até sexta-feira para demolir a estrutura que já foi erguida. De acordo com o vice-prefeito, João Batista Nunes, a Álamo não tinha alvará da prefeitura para executar o serviço no local. Além disso, construiu fora do limite estabelecido. Os funcionários trabalhavam praticamente encostados aos fios de eletricidade.

“Eles colocaram um poste público dentro da obra. É um absurdo. Essa obra já tinha sido embargada na semana passada, mas a empresa continuou construindo. Se não demolirem, o poder público vai usar medidas legais”, afirmou João Batista. O vice-prefeito fez uma vistoria no local, acompanhado do secretário municipal de Obras, Luiz Américo Medeiros, e do secretário municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano, José Carlos Rauen.

A partir da visita, além do embargo, foi determinado que todas as empresas que compraram parte do terreno terão que apresentar, no prazo de 15 dias, um estudo de macrodrenagem. A obra da GPinheiro, outra construtora que comprou o terreno, pode ser embargada também se não houver o projeto.
João Batista explicou que a Fazendinha faz parte do Plano Diretor da cidade, mas se diferencia de outros terrenos por ter mais de 36 mil metros quadrados e por ser área de amortecimento da chuva. “Isso impede alagamentos nos bairros vizinhos. Não há projeto das construtoras que contemple essa questão da drenagem. O terreno precisa ser visto como um todo e não por pedaços dos proprietários”, salientou.

Celso João Carminati, secretário da Associação dos Moradores do Córrego Grande, acompanhou a operação da prefeitura e disse que esse era um pedido da população que, inclusive, protestou no dia 1º de maio contra as obras na Fazendinha. “Reivindicamos o recuo do prédio. Dentro do terreno tem um córrego e queremos que seja respeitado o limite de construção. E pedimos área comunitária dentro da Fazendinha”, explicou.


Entenda o caso
Passo a passo da polêmica
- A obra da GPinheiro foi embargada pela Floram (Fundação Municipal do Meio Ambiente) em 2010 por não apresentar os licenciamentos ambientais emitidos pela Fatma (Fundação do Meio Ambiente) LAP e LAI (Licença Ambiental Prévia e Licença Ambiental de Instalação).
- As autorizações tratam da consulta de viabilidade para a implantação do empreendimento. A LAP não autoriza a construção da obra, apenas atesta sua viabilidade. Só com a LAI expedida é que as obras podem começar.
- Em fevereiro deste ano, as obras recomeçaram com o licenciamento do órgão ambiental. Mas, desde 2010, os moradores do bairro não veem com bons olhos empreendimentos no local, último terreno rural do Córrego Grande.

Fonte:  NDonline

Publicado em 03/05-06:00 por: Emanuelle Gomes 




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